sexta-feira, 19 de junho de 2009

VACINA PARA A VARIOLA DOS CANARIOS(POLVAC P CANARY)

Em Portugal não se encontra a vacina(Polvac P Canary)á venda em farmácias.
A unica pessoa que eu conheço que a importa e vende em Portugal é o Srº Rui Belchior,criador de canários que vive na Castanheira do Ribatejo.

A varíola normalmente aparece nas crias novas, em exemplares adultos não costuma aparecer.

No Brasil muitos utilizam a vacina importada da Europa, mas existem dúvidas se as cepas dos virus europeus serão as mesmas existentes no Brasil.De qualquer das formas o melhor será optar por vacinar.

Não se sabe ao certo quais são todos os transmisores da doença,mas os mosquitos,os ratos,e o proprio ar,são alguns dos meios de propagação do virus,e segundo um veterenário, contacto com outro criador que contenha o virus em seu canaril será suficiente para transmitirmos o virus ao nosso canaril.

O vírus só penetra no corpo da ave, por uma ferida, picadela de mosquito, ou bicadas dadas por outra ave infectatada,principalmente durante a muda .
Por esta razão a varíola aparecer normalmente durante a muda porque algumas partes do corpo estarem sem penas,sendo mais propicias nas feridas cutâneas, por onde normalmente penetra o vírus.

Pode aparecer em qualquer canaril,mas com mais insidençia,naqueles que têm escessos populacionais,falta de limpeza ou falta de arejamento.

A grande maioria dos agentes responsáveis pelas doenças quer sejam micróbios ou vírus, são específicos da espécie que eles contaminam.
Contrário ao que as pessoas pensam,a variola contraida por uma ave,não é transmissivel ao ser humano.

Se injetar num canário o vírus da varíola do pombo a doença não terá qualquer efeito no canário. Mas o canário guardará durante um certo tempo o vírus do pombo e se ele for posto um contacto com os pombos ele poderá transmitir o vírus que ele porta e contaminar os pombos(sendo neste caso portador do virus)

São chamados de portadores todos aqueles que propagam as doenças contagiosas,embora eles não sejam atingidos.

Toda a ave que adquirmos,devemos de a submeter a uma quarentena.

Devemos isolar as aves adquiridas num local diferente do local de criação e com um material que não estará mais em contacto com o do nosso canaril. Depois de se ter tratado das aves em quarentena deve-se desinfectar as mãos com álcool,antes irmos para o nosso canaril.

Para os canários devemos fazer uma quarenta de 1 mês.
Uma ave que seja atacada pela varíola,que consiga superar a doença sem necessidade de vacinação,fica imunizada para sempre desta doença.

Uma ave vacinada não apresenta nenhum perigo se for introduzida num canaril onde as outras aves não estão vacinados, pelo contrário.

A variola pode se manifestarde diferentar formas: botões ou pústulas à volta dos olhos, na comissura do bico, e patas,a lingua incha mais parecendo uma esponja. Estas pústulas contém um líquido purulento contendo os micróbios. À volta do olho estas pústulas podem supurar dando origem a uma conjuntivite e consequente perda da visão. Não aparecem lesões cutâneas, mas lesões internas.

A variola pulmonar,é fulminante,um macho pode estar a cantar hoje e amanhã aparece abrindo e fechando o bico, com grande dificuldade de respiração,e aparecer morto em cima das grades,se os apanhamos para ver o que terá,morre-nos na mão sem mais nem menos,nem damos por ela.

O diagnóstico desta mortalidade relativamente rápido não se pode fazer a não ser por autópsia, e só muito dificilmente se pode fazer pela observação de pústulas no interior do bico e da garganta das aves. A única forma de salvação mesmo em canaril atingido é a vacinação. A vacina é condicionada em pequenos frascos com uma dose para 50 canários mas ela dá para 100 ou mesmo 150 canários,e por vezes até para mais.

A vacina até a sua utilização deve ser guardada no frigorífico a uma temperatura entre os + 2° C e os +8ºC.
Há criadores que vacinam logo no ninho,mas penso que os filhotes até aos 60 dias estão naturalmente imunizados.

O fabricante da vacina aconselha na idade de 3 meses. Em Portugal eu vacino no principio do verão,fins de junho,principios de Julho,assim que os meus canários atinjam os 60 dias,e quando tiver uma quantidade suficiente de canários para vacinar,para não estragar a vacina.

No Brasil devem ser vacinados em Março,e Abril. (Tanto os jovens como os adultos devem ser vacinados).
Não devem ser vacinados as aves que não estão em forma ou doentes, e vacinar os canários,pelo menos um mês antes de juntar para reprodução.

Durante 8 dias antes de vacinar, adiciona-se diariamente vitaminas na água de bebida.

No dia da vacinação deve-se pedir a ajuda de um amigo para segurar os canários,ou para aplicar a vacina.

Para preparar a vacina,retira-se com a seringa que vem na caixa,o liquido do frasco,perfurando a borracha,e em seguida perfura-se a borracha do frasco que contém o pó,introduzindo neste o liquido contido na seringa.
Agita-se bem,ate que o pó fique muito bem solvido no liquido.

Para vacinar utiliza-se agulhas intra-cranianas, com 5/10° de milímetro de diâmetro e 16 milímetros de comprimento.

Segura-se o canário de ventre para cima (pernas para cima), abre-se a asa do canário, estendendo-a, sopra-se ficando a descoberto a membrana alar. Molha-se a agulha na vacina e pica-se na membrana perpendicularmente, tendo o cuidado de não tocar as penas, para que a mini-gota não fique nas penas, não picando evidentemente nenhum osso ou músculo.

A operação deve ser repetida uma segunda vez num ponto diferente da primeira picadela. Chama-se esta operação dupla transfixação da membrana alar. Para melhor facilidade de reconhecer se a vacina "pegou" vacinar na mesma asa todas as aves. Nos 3 dias a seguir à vacinação, juntar na água de bebida vitaminas mais sulfamidas.

Do 4° ao oitavo dia, juntar só vitaminas na água de bebida.

Ao fim dos 8 dias deve-se observar se a reação à vacina foi positiva.
Se foi,nota-se uns botões rosados avermelhados no local das picadelas.

Se não houver reação a vacina, deve-se considerar três hipóteses: vacinação malfeita (vacina retida nas penas); vacinação não formada, canário refratário à vacina (raro); canário já atingido de varíola. Para os dois primeiros casos, tornara fazer uma vacinação até um resultado positivo.

Se a varíola nos aparecer no canaril,devemos isolar imediatamente todas as aves atingidas.
Devemos vacinar imediatamente as aves que aparecem sãos, mudando de agulha ou esterilizando (álcool 90°, ou água fervente entre cada ave).

A vacina é apenas um preventivo, não é curativo,mas a unica cura em sujeito em principio de contaminação é a própria vacina. Depois da epidemia as aves que sobreviverem, ficarão imunizadas contra a doença mas o vírus está presente por todo o lado, gaiolas, material, canaril.

O vírus pode ficar ainda uns três meses no local, ou mais. Deve-se proceder á desinfecção do canaril e utensílios. Ferver formol e aplicar numa quantidade de 20mL/m3 ,devemos fechar o local.
Cuidado que o vapor de formol é altamente tóxico,como tal devemos nos protejer a quanto de sua aplicação.

(Resumida uma parte da definição dada pelo criador de canários SrºCarlos Moia,num artigo editado pelo criadouro kakapo).

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